Hoje esquecida, a acelga-brava foi em tempos a melhor alternativa à beterraba doméstica, e ainda que lhe fique atrás em cor, textura e sabor, possui propriedades medicinais igualmente famosas.
Identificação: De folhas basais amplas, simples e onduladas, de um verde intenso, partindo de um caule muito curto, a acelga reconhece-se sobretudo pela sua panícula densa e pelos caules avermelhados. A tão procurada raiz, pode apresentar-se tendencialmente esférica ou quase aprumada, semelhante à da cenoura. A intensidade da sua cor também varia, desde o rosado ao púrpura.
Tipo Fisionómico: Terófito.
Distribuição: Europa mediterrânica, Norte de África e Macaronésia.
Habitat: Matagais, clareiras de bosque, berma dos caminhos. Locais soalheiros ou de sombra-parcial.
Floração: Fevereiro-Julho.
Princípios activos: Açúcares simples, aminas, antocianina, betanina (pigmento), resinas, ferro, potássio, magnésio, sódio e zinco, vitaminas A, B e C .
Propriedades: Melífera, comestível, emenagoga, anti-tumoral e hepática.
Partes usadas: Raiz e sementes.
Usos: Para além de constituir um alimento bastante comum, a beterraba vermelha deve ser consumida em sumos, conjuntamente com a cenoura, em casos de anemia, uma vez que se trata de um excelente tónico hepático. Reforça o sistema imunitário, motivo pelo qual tem sido muito usada na Europa como adjuvante no tratamento dos mais variados tipos de cancro, incluindo leucemias. Porém, a sua parente silvestre é pouco atractiva em cor, sendo preferível o cultivar doméstico quando se trata de gastronomia. Em tempos, a decocção das sementes era usada em casos de tumores intestinais, hepáticos e outros, incluindo cancros da mama, do recto, do esófago, da próstata e do pâncreas. O seu suco era igualmente empregue no couro cabeludo contra a caspa.
Curiosidades: Usada gastronomicamente na Grécia desde a época clássica. A espécie branca, usada no tratamento da icterícia, foi obtida a partir da beterraba comum vermelha.
Pingback: Amaranthaceae (Amarantháceas) | Herbalist